quinta-feira, 12 de junho de 2008

Wilhelmina Barns-Graham, Red Form, 1958



No caminho com Maiakovski

Na primeira noite eles aproximam-se
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores,
matam o nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Vladimir Maiakovski

4 comentários:

serotonina disse...

O problema é quando nos roubam tudo e, depois, partem sem nos ser devolvido aquilo que nos permite equilibrar.

rv disse...

q trabalho ali em cima tão simples e bonito!

sabes, eu sou da opinião de que o medo é realmente o maior problema do ser humano, daí a rejeição relativamente ás Diferenças sejam elas quais forem; em todo o caso ninguém tem sequer o direito de tirar seja o q fôr do outro, daí eu achar igualmente q o medo teve uma expressão mais alta p o impedimento dos inrusos!
... eu ainda lhes chamaria outros nomes, m n estou na minha casa,

sol

rv disse...

oop's, intrusos*

GRAFIS disse...

serotonina
nós aí só temos um remédio: planar
até ganhar peso de novo para podermos pousar e manter o equilibrio.
bjs

rv
as coisas simples são sempre as mais bonitas :)

o medo é um dos grandes papões que nos acompanha até morrermos...
bjs