voltamos às casas, ou não voltamos
quando se habita a ausência e todas as paredes brancas são vazias e neutras
habitamos, não habitamos… questiono-me às vezes, nos momentos em que o reboliço lá fora serena ou se afasta
bastar-nos-ão quatro paredes e um tecto? um chão de cimento?
talvez uma janela, uma porta, dentro, talvez uma cama e um corpo esquecido, boca, língua, discurso…
lembra-me como era, apenas e só como era, a casa, o cheiro, as curvas do pescoço ao peito
uma ideia que seja de como era…
não voltamos
não sei, sequer, o caminho de volta
habitar
quando se habita a ausência e todas as paredes brancas são vazias e neutras
habitamos, não habitamos… questiono-me às vezes, nos momentos em que o reboliço lá fora serena ou se afasta
bastar-nos-ão quatro paredes e um tecto? um chão de cimento?
talvez uma janela, uma porta, dentro, talvez uma cama e um corpo esquecido, boca, língua, discurso…
lembra-me como era, apenas e só como era, a casa, o cheiro, as curvas do pescoço ao peito
uma ideia que seja de como era…
não voltamos
não sei, sequer, o caminho de volta
habitar
talvez sejamos, afinal, deficientes, e as casas não sejam pensadas para nós
nós para as casas
eu
falo por mim
2 comentários:
este texto está mt bonito;
sabes q eu acho q a inviabilidade do espaço reside sp no ser humano, somos insatisfeitos por natureza e isso leva-nos e ainda bem a procurar mais m melhor, sp melhor, pq no fim restamos sp nós e as memórias do q foi o espaço com o q gostámos bem como o perceber daquilo q não queremos mais pq gostar de nós é a escolha p um espaço q embora vazio de um corpo tem um tecto e paredes q são sp a continuidade de nós próprios...
cuidar de nós é cuidar desse espaço pq assim é sp bom voltar a casa...
(q bem q me soube dissertar)
sol
sabe, não sabe? :)
sol p ti tb, amanhã, que hoje já é tarde.
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