domingo, 15 de fevereiro de 2009
























Acontecem manhãs assim, de luz quente, brisa fria e salgada que nos beija, céu azul e mar acalmado, serenando.
Manhãs de raios de sol que aquecem o corpo quase nú, frio, fustigado, rejuvenescido, quase tão próximo da serenidade, quase tão distante…
Inscrevo os passos na areia, perco-me nos pensamentos. Por entre as passadas que dou sem dar conta tento perceber o que possivelmente não tem ponta de razão, e nem tem de ter... acho.
Às vezes queremos fazer da vida uma equação matemática. Um caminho. Um resultado.

Mas ela não é matemática, sabemos.
As variáveis e as incertezas devoram-nos, desgastam-nos, fazem-nos desacreditar.
As manhãs devolvem-nos a Fé, tanto quanto devolvem à Terra os raios de sol.
Eu nunca duvidei que o sol existe.


4 comentários:

Anônimo disse...

Lindo texto, para não variar :)
Desde que me deixei de matemáticas tb ando a apreciar melhor as manhãs.
E hoje está um sol lindo... :)

Beijo

GRAFIS disse...

ai é?! :D
então voltemo-nos para as letras... :)
bj

S-Kelly disse...

Levamos algum tempo a perceber que a vida não é uma equação, que não é A + B, que é talvez um sistema matemático, complexo, mas equilibrado (por vezes). E se assim fosse, a tal equação que referes, planeada e sem qualquer falha, talvez não sentissemos os raios de sol tão fortes, naqueles dias de nevoeiro, ou talvez deixassemos de ser surpreendidos a cada nosso passo...
Abraço grande

Paula Baltazar Martins disse...

O sol existe, por vezes está é coberto por nuvens. Resta-nos a capacidade e a sorte de soprar essas nuvens bem para longo.
Um abraço e muito sol.