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Sonhei um poema feito de pedras,
pedras fluindo, fosse rio sereno,
de todos os tamanhos e matizes,
e eram duma beleza precisa:
roupa e linguagem de pedras.
Imerso no poema-pedra-rio,
o poeta – a pedra – a lapidar.
O que se via não era a pedra,
mas a poesia por dentro, além.
José Inácio Vieira de Melo em Canto de Pedra.
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