Se o sol não vem depressa eu sou bem capaz de entrar em depressão. É que já estou farta de tanta água, e vento, e frio, e céu cinzento, e de andar de camisola e casaco, chapéu de chuva e cabelo virado do avesso. Isto, aliado a um sintomático aumento de trabalho, a que é, normalmente, essencial, um aumento significativo de boa disposição, energia e adrenalina, não tá com nada….
É que eu estou para o sol como os carros estão para os combustíveis, ou seja, sou dependente dele e ele está a “entrar em deficit” (que é uma palavra que há muito entrou no nosso vocabulário) com uma diferença, felizmente, no meio desta coisa toda: eu sou mais ecológica.
O que me leva a pensar, quando se fala em combustíveis, ao que nós associamos logo impostos dos combustíveis, e logo de seguida impostos no geral sem olhar a quê… se quando no meu orçamento as despesas aumentam fruto de uma conjuntura económica a que sou alheia… será que posso ir exigindo à minha entidade empregadora que me aumente o salário? Ou tenho de reduzir as minhas despesas correntes e alguns investimentos acessórios (optando obviamente por não diminui no capital para investimentos estruturais) para fazer face a este tipo de situações? Como é que é? Ou será que posso escravizar alguém para lá ir buscar mais algum rendimento?
É que no meio destas questões só me ocorre dizer que me parece que, em muitos aspectos, estamos a voltar ao Antigo Regime…
E bom… voltando ao sol, já percebi que este ano se quiser passar férias a aquecer o corpinho ao sol tenho de pagar para ir para uma ilha tropical qualquer, que nem a Costa Alentejana ou o Algarve me valem.
Enquanto isso desespero por uns dias de sol e calor de rachar.