Estávamos em 1886 em Chicago.
Milhares de trabalhadores manifestavam-se nas ruas daquela cidade reivindicando a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias, iniciando-se uma greve geral que originou vários conflitos com a polícia, que acabaram com um violento confronto ocorrido a 3 de Maio, do qual resultou a morte de alguns manifestantes.
No dia seguinte ocorreu uma segunda manifestação de protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, que terminou com o rebentamento de uma bomba no meio dos policias que faziam frente aos trabalhadores, matando um e ferindo outros sete, que acabariam por morrer posteriormente.
A polícia abriu imediatamente fogo contra os manifestantes, ferindo dezenas de pessoas e matando um total de onze manifestantes.
Oito dos organizadores da manifestação, militantes anarquistas, foram presos e incriminados, apesar da ausência de provas que os implicassem no lançamento da bomba.
Quatro destes foram executados, um cometeu suicídio antes que fosse consumada a sentença de morte e os outros três receberam sentenças de prisão, revogadas em 1893, altura em que se concluiu que todos os oito acusados eram inocentes.
Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket e os oito anarquistas como os Mártires de Chicago.
Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu convocar uma manifestação anual com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, em homenagem às lutas sindicais de Chicago.
Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia. O balanço: a morte de dez manifestantes.
Este conflito veio reforçar ainda mais a urgência e o simbolismo deste dia - o dia de luta dos trabalhadores.
Meses mais tarde, a Internacional Socialista de Bruxelas proclama o 1.º de Maio como dia Internacional de Reivindicação de Condições Laborais.
Em Portugal o 1.º de Maio é comemorado pela primeira vez em 1974, no seguimento dos acontecimentos de 25 de Abril - durante a ditadura do Estado Novo a comemoração deste dia foi sempre reprimida pela polícia - culminando numa explosão de liberdade e de Humanidade.
Um dia e uma luta que não nos devem envergonhar, amedrontar, curvar perante os interesses económicos e especulativos que tantas vezes utilizam o nosso trabalho, explorando-o, em beneficio do lucro e de um punhado de homens e mulheres que não são mais nem menos do que o mais humilde trabalhador, simplesmente porque têm mais bens materiais.
Nós, trabalhadores, vendemos o único bem (precioso) que temos: o nosso trabalho, as nossas competências e capacidades essenciais ao desenvolvimento e à vida tal como a conhecemos. Não nos deixemos desvalorizar em nome do lucro e dos interesses económicos globais. Há valores bem mias importantes que o dinheiro.
Milhares de trabalhadores manifestavam-se nas ruas daquela cidade reivindicando a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias, iniciando-se uma greve geral que originou vários conflitos com a polícia, que acabaram com um violento confronto ocorrido a 3 de Maio, do qual resultou a morte de alguns manifestantes.
No dia seguinte ocorreu uma segunda manifestação de protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, que terminou com o rebentamento de uma bomba no meio dos policias que faziam frente aos trabalhadores, matando um e ferindo outros sete, que acabariam por morrer posteriormente.
A polícia abriu imediatamente fogo contra os manifestantes, ferindo dezenas de pessoas e matando um total de onze manifestantes.
Oito dos organizadores da manifestação, militantes anarquistas, foram presos e incriminados, apesar da ausência de provas que os implicassem no lançamento da bomba.
Quatro destes foram executados, um cometeu suicídio antes que fosse consumada a sentença de morte e os outros três receberam sentenças de prisão, revogadas em 1893, altura em que se concluiu que todos os oito acusados eram inocentes.
Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket e os oito anarquistas como os Mártires de Chicago.
Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu convocar uma manifestação anual com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, em homenagem às lutas sindicais de Chicago.
Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia. O balanço: a morte de dez manifestantes.
Este conflito veio reforçar ainda mais a urgência e o simbolismo deste dia - o dia de luta dos trabalhadores.
Meses mais tarde, a Internacional Socialista de Bruxelas proclama o 1.º de Maio como dia Internacional de Reivindicação de Condições Laborais.
Em Portugal o 1.º de Maio é comemorado pela primeira vez em 1974, no seguimento dos acontecimentos de 25 de Abril - durante a ditadura do Estado Novo a comemoração deste dia foi sempre reprimida pela polícia - culminando numa explosão de liberdade e de Humanidade.
Um dia e uma luta que não nos devem envergonhar, amedrontar, curvar perante os interesses económicos e especulativos que tantas vezes utilizam o nosso trabalho, explorando-o, em beneficio do lucro e de um punhado de homens e mulheres que não são mais nem menos do que o mais humilde trabalhador, simplesmente porque têm mais bens materiais.
Nós, trabalhadores, vendemos o único bem (precioso) que temos: o nosso trabalho, as nossas competências e capacidades essenciais ao desenvolvimento e à vida tal como a conhecemos. Não nos deixemos desvalorizar em nome do lucro e dos interesses económicos globais. Há valores bem mias importantes que o dinheiro.
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