terça-feira, 17 de maio de 2011


"Na última semana [há uns dias] beatificámos um papa,
casámos um príncipe,
fizemos uma cruzada e matámos um mouro.
Bem-vindos à Idade Média!"
(autor desconhecido)

Nem mais... a acresentar só mesmo assinalar a crescente escalada dos preços e dos impostos, em número e em espécie, sobre quem trabalha e já pouco recebe para pagar as contas no fim do mês.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

30 de Abril de 2011






Mas as almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento os tocará. Aparentemente estão mortos aos olhos dos insensatos: seu desenlace é julgado como uma desgraça. E sua morte como uma destruição, quando na verdade estão na paz!

Se aos olhos dos homens suportaram uma correcção, a esperança deles era portadora de imortalidade, e por terem sofrido um pouco, receberão grandes bens, porque Deus, que os provou, achou-os dignos de si. Ele os provou como ouro na fornalha, e os acolheu como holocausto.

No dia de sua visita, eles se reanimarão, e correrão como centelhas na palha. Eles julgarão as nações e dominarão os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre.

Os que põem sua confiança nele compreenderão a verdade, e os que são fiéis habitarão com ele no amor: porque seus eleitos são dignos de favor e misericórdia.

Livro da Sabedoria 3 1-9



Todos os que o Pai me dá virão a mim; e quem vier a mim Eu não o rejeitarei, porque desci do Céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.

E a vontade daquele que me enviou é esta: que Eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu, mas o ressuscite no último dia.

Esta é, pois, a vontade do meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia.

João 6 37-40.




Agora, descansa em paz.



domingo, 24 de abril de 2011

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” João 11:25

Celebremos a Vida.
Páscoa Feliz.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

quinta-feira, 7 de abril de 2011



Andamos todos a brincar...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Cantigas de amigo ao pinheiro

O peito do meu amor
Parece um só, mas não é:
São duas pinhinhas verdes
Nascidas no mesmo pé.

Ó pinheirinho da ermida,
Dois galhos e um tronco escuro,
És o missal do meu bem:
Firme ser por ti lhe juro.

Tenho uma arca de pinho
Com dois corações ao centro,
Toda cheia de mentiras
Das cartas que lá estão dentro.

A minha burra já sabe
O carreiro do pinhal:
Levou-me singela um dia
E trouxe-me tal e qual.

Perguntei à pinha seca
Que me diria queimada:
Desfez-se em fonas de fogo;
Quem ama é sempre enganada.

O meu bem é serrador,
Deu-me uma saia de folhos ;
Mas serra sempre de baixo:
Cai-lhe o farelo nos olhos.

Ó pinha do verde ramo,
De olhos tenrinhos, fechados:
Não os abras, que os abertos
Chamam-se desenganados.

Nasceu-me um pinheiro à porta
Quando tive o meu menino:
Um cresceu, outro casou-se…
Já sou avó… É destino.

Vitorino Nemésio

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Quando alguém que nos pertence se vai, vai-se também um bom pedaço de nós. Só não tenho ainda a certeza de qual, de onde, mas sinto o ar a passar por entre o corpo, um nó na garganta. Sinto que me falta um pedaço, um dos que me fazem falta.

É de uma dureza inimaginável a perda física. Faz-me pensar no sentido da nossa breve existência aqui, fez-me perceber que é muito pouco o tempo que temos, que desperdiçamos demasiado tempo com o supérfluo, a dádiva que nos é dada todos os dias.

Podia ter feito tanto e não fiz, podia ter feito diferente. Não me conformo com a solidão daquele momento.

Nem tempo tive para um último consolo, para dizer que te amo, para te dar um beijo antes que o gelo viesse.

Tenho saudades.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Eu e Tu

Dois! Eu e Tu, num ser indispensável! Como
Brasa e carvão, centelha e lume, oceano e areia,
Aspiram a formar um todo, — em cada assomo
A nossa aspiração mais violenta se ateia...

Como a onda e o vento, a Lua e a noite, o orvalho
[e a selva
— O vento erguendo a vaga, o luar doirando a
[noite,
Ou o orvalho inundando as verduras da relva —
Cheio de ti, meu ser de eflúvios impregnou-te!

Como o lilás e a terra onde nasce e floresce,
O bosque e o vendaval desgrenhando o arvoredo,
O vinho e a sede, o vinho onde tudo se esquece,
— Nós dois, de amor enchendo a noite do degredo,

Como partes dum todo, em amplexos supremos
Fundindo os corações no ardor que nos inflama,
Para sempre um ao outro, Eu e Tu, pertencemos,
Como se eu fosse o lume e tu fosses a chama...

António Feijó, in 'Sol de Inverno'


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

2 Fevereiro 2011

Ressureição dos Mortos, Sainte-Chapelle, Paris, França

1Estava doente um homem chamado Lázaro, de Betânia, terra de Maria e de Marta, sua irmã. 2Maria, cujo irmão, Lázaro, tinha caído doente, era aquela que tinha ungido os pés do Senhor com perfume e lhos enxugara com os seus cabelos. 3Então, as irmãs enviaram a Jesus este recado: «Senhor, aquele que amas está doente.»

4Ouvindo isto, Jesus disse: «Esta doença não é de morte, mas sim para a glória de Deus, manifestando-se por ela a glória do Filho de Deus.» 5Jesus era muito amigo de Marta, da sua irmã e de Lázaro. 6Mas, quando recebeu a notícia de que este estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde se encontrava. 7Só depois é que disse aos discípulos: «Vamos outra vez para a Judeia.» 8Disseram-lhe os discípulos: «Rabi, há pouco os judeus procuravam apedrejar-te, e Tu queres ir outra vez para lá?» 9Jesus respondeu: «Não tem doze horas o dia? Se alguém anda de dia, não tropeça, porque tem a luz deste mundo. 10Mas, se andar de noite, tropeça, porque não tem a luz com ele.»

11Depois de ter pronunciado estas palavras, acrescentou: «O nosso amigo Lázaro está a dormir, mas Eu vou lá acordá-lo.» 12Os discípulos disseram então: «Senhor, se ele dorme, vai curar-se!» 13Mas Jesus tinha falado da sua morte, ao passo que eles julgavam que falava do sono natural. 14Então, Jesus disse-lhes claramente: «Lázaro morreu; 15e Eu, por amor de vós, estou contente por não ter estado lá, para assim poderdes crer. Mas vamos ter com ele.» 16Tomé, chamado Gémeo, disse aos companheiros: «Vamos nós também, para morrermos com Ele.»

17Ao chegar, Jesus encontrou-o sepultado havia quatro dias. 18Betânia ficava perto de Jerusalém, a quase uma légua, 19e muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria para lhes darem os pêsames pelo seu irmão. 20Logo que Marta ouviu dizer que Jesus estava a chegar, saiu a recebê-lo, enquanto Maria ficou sentada em casa.

21Marta disse, então, a Jesus: «Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido. 22Mas, ainda agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Ele to concederá.» 23Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará.» 24Marta respondeu-lhe: «Eu sei que ele há-de ressuscitar na ressurreição do último dia.» 25Disse-lhe Jesus: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá. 26E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre. Crês nisto?» 27Ela respondeu-lhe: «Sim, ó Senhor; eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo.»

28Dito isto, voltou a casa e foi chamar sua irmã, Maria, dizendo-lhe em voz baixa: «Está cá o Mestre e chama por ti.» 29Assim que ela ouviu isto, levantou-se rapidamente e foi ter com Ele. 30Jesus ainda não tinha entrado na aldeia, mas permanecia no lugar onde Marta lhe viera ao encontro. 31Então, os judeus que estavam com Maria, em casa, para lhe darem os pêsames, ao verem-na levantar-se e sair à pressa, seguiram-na, pensando que se dirigia ao túmulo para aí chorar. 32Quando Maria chegou ao sítio onde estava Jesus, mal o viu caiu-lhe aos pés e disse-lhe: «Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido.» 33Ao vê-la a chorar e os judeus que a acompanhavam a chorar também, Jesus suspirou profundamente e comoveu-se. 34Depois, perguntou: «Onde o pusestes?» Responderam-lhe: «Senhor, vem e verás.»

35Então Jesus começou a chorar. 36Diziam os judeus: «Vede como era seu amigo!» 37Mas alguns deles murmuravam: «Então, este que deu a vista ao cego não podia também ter feito com que Lázaro não morresse?»

38Jesus, suspirando de novo intimamente, foi até ao túmulo. Era uma gruta fechada com uma pedra. 39Disse Jesus: «Tirai a pedra.» Marta, a irmã do defunto, disse-lhe: «Senhor, já cheira mal, pois já é o quarto dia.» 40Jesus replicou-lhe: «Eu não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?» 41Quando tiraram a pedra, Jesus, erguendo os olhos ao céu, disse: «Pai, dou-te graças por me teres atendido. 42Eu já sabia que sempre me atendes, mas Eu disse isto por causa da gente que me rodeia, para que venham a crer que Tu me enviaste.»

43Dito isto, bradou com voz forte: «Lázaro, vem cá para fora!» 44O que estava morto saiu de mãos e pés atados com ligaduras e o rosto envolvido num sudário. Jesus disse-lhes: «Desligai-o e deixai-o andar.»