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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009


Festejar o Natal é festejar o nascimento de Jesus Cristo, independentemente da data em que tal deverá ter ocorrido. A história que nos é transmitida por Lucas e Mateus nos Evangelhos dá-nos conta, entre outras coisas, daqueles que o procuraram naqueles primeiros instantes de vida, e daí em diante, de todos os que O foram encontrando, creram e seguiram. Posso dizer que a existência aqui se muda, como o mundo mudou naquele primeiro instante de vida.

Seguir Jesus Cristo é ter Fé num mundo que há-de acordar para o lado mais luminoso dos dias ao invés do lado mais sombrio, para onde vagarosamente rastejamos alienados dos verdadeiros valores com que a Humanidade deveria construir o presente e o futuro. Essa construção alicerçada em rocha firme faz-se todos os dias, a começar em nós e a seguir para o outro, o mais próximo, e faz-se nas mais pequenas coisas. Para mudar o mundo não são necessários grandes feitos. Por vezes é só estender a mão em direcção àquele que está próximo e precisa de ouvir uma palavra, de receber um abraço, de ser reconhecido como Pessoa sensível.

Este Natal será celebrado com todos aqueles que amo, os presentes, fisicamente, e os ausentes, que embora distantes, me habitam o peito.

Este Natal celebro mais um ano de Fé, pese embora em alguns momentos me tenha deixado desviar do caminho, porque não é fácil ter-se Fé e viver segundo aquilo que foi escrito.

Este Natal celebro a minha família, que relutantemente só cresce, todos os amigos que fiz e guardarei, a dádiva do Amor, todo o amor que encontrei, dei e recebi, todas as pequenas mudanças que fui capaz de fazer e me trouxeram e aos que me rodeiam, mais felicidade, todos aqueles que resistiram e não partiram, a minha Fé em Deus e Jesus Cristo que não me falharam.

Este Natal desejo-vos a todos que saibam ser felizes!

FELIZ NATAL!


sexta-feira, 10 de abril de 2009

Ecce Homo (Português) - meados de 1490.



João 16
Dentro em pouco já não me vereis, e pouco depois voltareis a ver-me. Eu vou para o Pai.
Diziam, pois: Que quer dizer isto:
Dentro em pouco já não me vereis, e pouco depois voltareis a ver-me. Eu vou para o Pai. Não sabemos o que diz.

Conheceu, pois, Jesus que o queriam interrogar, e disse-lhes: Indagais entre vós acerca disto que disse: Dentro em pouco já não me vereis, e pouco depois voltareis a ver-me?
Na verdade, na verdade vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.
Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará.
E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra.
Disse-vos isto por parábolas; chega, porém, a hora em que não vos falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei acerca do Pai.
Naquele dia pedireis em meu nome, e não vos digo que eu rogarei por vós ao Pai;
Pois o mesmo Pai vos ama, visto como vós me amastes, e crestes que saí de Deus.
Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai.
Disseram-lhe os seus discípulos: Eis que agora falas abertamente, e não dizes parábola alguma.
Agora conhecemos que sabes tudo, e não precisas de que alguém te interrogue. Por isso cremos que saíste de Deus.
Respondeu-lhes Jesus: Credes agora?
Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos cada um para sua parte, e me deixareis só; mas não estou só, porque o Pai está comigo.
Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.


João 17
Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti;
Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.
E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.
E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.
Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.
Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti;
Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste.
Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.
E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou glorificado.
E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.
Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.
Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.
Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.
E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim;
Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.
Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.
Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim.
E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.


Jesus Cristo, na sua pregação, deixou-nos dois mandamentos maiores, nos quais é alicerçada toda a Fé Cristã e ensinamentos de Deus, Pai, que são, talvez (ou deveriam ser) os alicerces de toda a Humanidade: Ama o senhor teu Deus, o Criador de todas as coisas, o Pai, o Bom, o Misericordioso, e ama o próximo como a ti mesmo, com todo o teu corpo e toda a tua alma, sem restrições.
A cada um de nós cabe escolher o melhor de dois caminhos, em consciência, decidir. Existem apenas duas realidades, dois caminhos possíveis: o bem e o mal.
Ser Cristão, ser Homem, ou ser Mulher (porque não?! e abolindo esta coisa irritante do falso neutro masculino), não é apenas e só ir à missa, confessar os “pecados” da semana, receber a absolvição e voltar a fazer o mesmo na semana seguinte. Ou considerar-se o interlocutor maior – a este propósito recordo os momentos em que Jesus Cristo, pouco antes deste dia, no momento da Ceia, não me lembro se antes ou depois, referiu aos seus apóstolos que não há maiores ou menores entre eles, entre os Homens, privilegiados, que eles eram, nós somos todos iguais – e ir por aí distribuindo veneno disfarçado de doce, cânone, apregoando atrocidades contra a Vida, inventando regras e uma moral que nada tem que ver com a verdadeira essência da moral cristã – e mesmo hoje os “Fariseus” de antigamente se disfarçam por baixo da capa da autoridade divina - para voltar a cometer as mesmas atrocidades, ou pior, num círculo viciosos, por muitos anos.
Ser Cristão é colocar em prática, silenciosamente, estes dois grandes mandamentos, nas mais pequenas coisas que fazemos, no que nos for possível, pequenos gestos. Ser Homem é confessar a Fé que se tem no Amor, no Pai, no Filho, no poder criador e regenerador dos laços e dos afectos, e fazê-los acontecer, todos os dias, nas mais pequenas coisas, porque um sorriso é um milagre, uma mão onde segurar o fio que nos agarra à vida, o Amor o segredo de todas as coisas, o grande mistério das nossas vidas.
Assim, esta noite, eu confesso e dou testemunho, Pai, uma vez mais, da minha Fé, do quanto És importante na minha vida, o quanto este dia, da crucificação de Cristo foi e é importante no cumprimento, dia após dia, do que me foi escrito dentro, no centro.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Edward Hopper, Morning Sun, 1952.


A pouco e pouco os meus dias começam a entrar numa certa normalidade que me aconchega e me trás paz.

A vida mudou-se-me.
Espaços, afectos, família, trabalho, e as mudanças vão-se sucedendo umas atrás das outras.
2008 foi o ano das mudanças, daquelas que esperamos há muito tempo, daquelas que lutámos e penámos para alcançar, para chegar ao fim de processos por vezes dolorosos, angustiantes, outros trabalhosos, outros verdadeiras surpresas, oásis no deserto.
Nestas mudanças houve uma coisa que foi fundamental. A minha descoberta e o fortalecimento da minha Fé em Jesus Cristo e em Deus.
É verdade!
Esta foi a primeira mudança dentro de mim há cerca de 3 anos, e a partir daí até aqui não mais o Pai me abandonou, e não abandonará, mesmo que tenha de passar por algo semelhante. Não mais eu abandonarei os meus princípios, os de um bom Cristão, e os meus. Não mais renunciarei a fazer a minha parte para aqueles que me vão aparecendo no caminho.

Não era bem esta a reflexão que estava para fazer, mas as palavras desfilaram assim no pensamento.
Porém, pensando bem, faz parte do processo.
Um dos mandamentos mais importantes na vida de um Cristão: a confissão.
E não. Não se trata da confissão dos pecados ao Padre que nos dará a Absolvição (se fosse assim tão simples…). Trata-se da confissão da nossa Fé, da propagação da Fé e da Palavra de Deus, como fizeram os Apóstolos. A confissão, que é precedida do Arrependimento.
E não. Não se trata de arrependimento dos pecados ou maus actos que cometemos, que nos levam à confissão ao Padre para ele nos perdoar em nome de Jesus Cristo e de Deus.
Trata-se do momento em que, confrontados com os dois mundos possíveis – o bem e o mal – numa altura em que temos consciência do lado mais sombrio do mundo e de nós, e da possibilidade de ambos, nos arrependemos de muitas vezes termos enveredado pelo lado mais escuro, e escolhemos, conscientemente, e daí em diante a Luz, o Bem, uma conduta para o Bem, custe o que custar, e aceitamos Cristo (Baptismo).
Bom… hoje deu-me para exposições destas...

Mas a mudança de que eu queria falar aqui, que tem a ver com bem-estar e com luz, mas com aquela que me entra todos os dias casa adentro, é aquela que estou a experienciar agora, no meu espaço, há um mês, aquele que no inicio era sempre novo, feito de momentos e processos novos e que agora começam a entrar na normalidade e me vai trazendo paz.
Levantar de manhã com o sol a entrar quarto adentro, tomar um banho quente bom, o pequeno-almoço na cozinha onde o sol entra todos os dias, de manhã à noite, e se espelha no chão enquanto faço a torrada, a luz espelhada que me fere a vista mas me aquece o corpo. Falar da sala onde o sol entra todos os dias, de manhã à noite, e faz vibrar todas as cores dos quadros, dos livros, das minhas peças mais queridas, as tonalidades claras das paredes avivando os contrastes castanhos… este é um dos milagres da vida: o Sol que me aquece todos os dias a casa, a alma, o corpo e o coração.
Daqui a pouco vou comprar o jornal, almoçar, dar um passeio na praia, a pé, junto à rebentação do mar e voltar à tardinha, pelo pinhal…
Que vida tão boa!




















domingo, 25 de maio de 2008


Ontem, enquanto almoçava, ouvia na televisão uma notícia que dava conta da realização de um congresso anual de igrejas do reino de Deus, que entre outras coisas, são cristãos e evangélicos. Não são muito diferentes de outras igrejas, excepto em pequenos pormenores técnicos.
No decurso de uma entrevista que faziam a um pastor, este falava, entre outras coisas, sobre as questões do casamento e da homossexualidade, e lá ia dizendo que este tipo de orientação era contra o plano de Deus, porque o plano de Deus, o maior desígnio de Deus, assenta na família, alicerçada noutro tipo de relação (e aqui eu já estou a acrescentar, pois eles nem consideram que possa haver uma família numa relação homossexual), pois o fim último das relações/famílias (entendi eu) era a procriação… eu até percebo que a questão da continuação da espécie seja importante, mas deixemos de ser hipócritas.
Ora, eu enquanto cristã, filha de Deus, sempre senti que o grande plano de Deus, o maior e o mais importante, é o amor ao próximo, que os homens vivam em comunhão com eles próprios, fazendo a paz, vivendo em amor, e amor sente-se independentemente de ser por um homem ou por uma mulher, por um americano ou por um iraquiano, por um negro ou por um branco, por um heterossexual ou por um transexual. O desejo é um fruto e uma das múltiplas expressões do amor, seja ele por quem for, desde que seja consentido e compartilhado por duas pessoas.
Quanto às relações homossexuais, elas estão tão no plano de Deus quanto as heterossexuais, pois em nada são atentatórias a este. Eu não sinto que Deus me veja como uma pessoa diferente, pois Ele vê-me como uma pessoa que ama e respeita e contribui para a felicidade dos outros, e eu sei disso. E que em vez de ter os meus filhos, poderei amar os filhos de outros, igual ou mais que qualquer pai biológico, e cria-los igual ou melhor, faze-los bons homens e mulheres, dentro do plano de Deus, como o meu Pai me viu e ajudou a crescer, como o meu Pai ama a mim.
O que eu lamento é que hoje em dia certos homens, aqueles que assumiram perante os outros o papel de discípulos de Deus, ainda não tenham aprendido a olhar para a Sua palavra, escrita, e separar o que é espelho de uma cultura de há 2000 mil anos atrás e os verdadeiros fundamentos, os verdadeiros princípios do plano de Deus.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

João Cutileiro, Árvore.

Quinta-feira da Ascensão

Quarenta dias depois da Ressurreição, Jesus apareceu pela última vez aos seus discípulos em Jerusalém, e levou-os ao Monte das Oliveiras.
Depois de lhes ter renovado a promessa do Espírito Santo, ergueu as mãos ao céu e abençoou-os.
Nesse instante começou a elevar-se no ar até que a sua figura desapareceu aos olhos deles.
Como estes continuaram a olhar o céu, apareceram-lhes dois anjos a anunciar que Jesus voltaria do mesmo modo que o viram subir. Então, os discípulos deixaram o Monte das Oliveiras e regressaram a Jerusalém.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto». Depois Jesus levou os discípulos até junto de Betânia [numa vertente do Monte das Oliveiras] e, erguendo as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu. Eles prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus.
Lucas 24, 46-53

Estamos no penúltimo momento do mistério pascal, antes da dádiva do Espírito Santo ao se completarem os cinquenta dias até ao Pentecostes.

No final do caminho percorrido está a vida definitiva, a comunhão com Deus.
Jesus deixou-nos o testemunho de que somos nós, seus seguidores, que devemos dar continuidade ao projecto de Deus para todos os povos, através do nosso envolvimento pessoal e do nosso testemunho.
Deus não quer que sejamos comerciantes, industriais, proprietários ou pessoas de sucesso, mas pessoas que amam o próximo como a si mesmo...

Dia da espiga

Festa pagã de celebração da fertilidade.
Apanha-se o ramo no campo: espigas de trigo, ramos de oliveira, malmequeres e papoilas.
O ramo também pode levar outros cereais (trigo, centeio, aveia, etc.) e toda uma panóplia de flores e arbustos silvestres.

Cada elemento tem um simbolismo muito próprio:

A espiga: o pão (para haja alimento em abundância em cada lar).

O ramo de oliveira: a paz e a luz (divina) (para nos manter no caminho do bem e afastados da escuridão).

Flores: alegria (simbolizada pela cor - o malmequer simboliza ainda o ouro e prata, a papoila o amor e a vida, e o alecrim a saúde e a força).

O ramo era guardado até à quinta-feira da espiga do ano seguinte, pendurado algures dentro de casa.
Lembro-me ainda que era neste dia que o Padre visitava a casa de minha avó, do caminho e entrada da casa enfeitados com abrotegas, flores do trevo e alecrim. Este benzia a casa aspergindo Água Benta e nós beijávamos os pés de Jesus na cruz...
Eram tempos serenos e quentes, dias completos e cheios de vida.
Aqui por estes lados fazem-se grandes romarias ao campo e à mata para o tradicional almoço ao ar-livre e romagens à praia durante a tarde...
Até logo.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Tríptico da Paixão, vitral, Sala do Capitulo
Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha, 1514


Inicia-se mais uma vez a celebração de um ciclo, um dos mais importantes para os Cristãos, cujo derradeiro momento se inicia esta noite, terminando daqui a cerca de sessenta e três dias (se não me falham as contas) com o Corpo de Cristo.
Até ao martírio e crucificação de Jesus Cristo, a Páscoa era celebrada para festejar a libertação e fuga dos escravos Judeus do Egipto, ao cabo de uma série de acontecimentos, que conhecemos dos velhos filmes dos anos 50 e 60, sobre a vida de Moisés, as 7 pragas do Egipto, as Tábuas dos 10 Mandamentos, a Arca da Aliança, e por aí fora (para quem não conhece e nunca se debruçou verdadeiramente sobre estas histórias, aconselho vivamente a conhecer, a olhar e a ler parte do Velho Testamento e parte do novo, não com os olhos do preconceito e desconfiança, mas de peito aberto, como quem olha para um documento histórico - ao qual ter-se-á de extrair o verdadeiro significado das palavras e distinguir o que é verdadeiramente importante - um romance, uma epopeia, e por fim, mas não menos importante, uma fonte espiritual universal).
Depois da Paixão de Cristo a Páscoa celebra a Ressurreição de Jesus Cristo. Este morre a uma sexta-feira, crucificado, para no Domingo se concretizar a sua Ressurreição.
Assim, a Páscoa celebra a Fé na Ressurreição, no renascer para a vida, e em último caso, na imortalidade do Espírito, para os crentes, os justos e os verdadeiros discípulos de Cristo.