© 2008 Estate of Ben Rose
Eu não tenho propriamente certeza do que quero.
E depois?
Afinal, à medida que os dias passam, tenho cada vez menos certeza do que realmente pretendo, e por mais que tenha o que sempre quis, nunca tenho o suficiente.
Tenho pouca coisa. Tenho o necessário. Já o amor dá demasiado trabalho. Mais do que aquele que consigo tirar de mim. É assim mesmo.
Nunca fui grande coisa nesta matéria. Eu sei. Ninguém me disse e por isso não é preciso dizer mais nada, nem que sim nem que não. Afinal, conheço-me bem.
Embora não deixe de ser curioso. Sempre gostei de trabalho, e para mim, trabalho é, muitas vezes, sinónimo de prazer. Em demasia também nos faz passar pela vida sem que tenhamos tempo para saborear dois pares de dez minutos, saborear o silêncio, os momentos mais íntimos e intransmissíveis, os rituais que são só nossos, as nossas coisas, o nosso espaço, o nosso tempo...
O dia consome-se como uma cabeça de fósforo incendiada, a noite passa pesada sem que dê pelos sonhos, e a manhã, cada vez mais densa, teima em vir demasiado depressa.
Mais uma fase, mais um vazio necessário, e ainda assim indolor, conformado.
Acho que estão assim os meus dias, entre o trabalho levado ao extremo, o conformismo e a vontade latente de mudança, que há-de chegar. Que eu quero esperar.
E depois?
Afinal, à medida que os dias passam, tenho cada vez menos certeza do que realmente pretendo, e por mais que tenha o que sempre quis, nunca tenho o suficiente.
Tenho pouca coisa. Tenho o necessário. Já o amor dá demasiado trabalho. Mais do que aquele que consigo tirar de mim. É assim mesmo.
Nunca fui grande coisa nesta matéria. Eu sei. Ninguém me disse e por isso não é preciso dizer mais nada, nem que sim nem que não. Afinal, conheço-me bem.
Embora não deixe de ser curioso. Sempre gostei de trabalho, e para mim, trabalho é, muitas vezes, sinónimo de prazer. Em demasia também nos faz passar pela vida sem que tenhamos tempo para saborear dois pares de dez minutos, saborear o silêncio, os momentos mais íntimos e intransmissíveis, os rituais que são só nossos, as nossas coisas, o nosso espaço, o nosso tempo...
O dia consome-se como uma cabeça de fósforo incendiada, a noite passa pesada sem que dê pelos sonhos, e a manhã, cada vez mais densa, teima em vir demasiado depressa.
Mais uma fase, mais um vazio necessário, e ainda assim indolor, conformado.
Acho que estão assim os meus dias, entre o trabalho levado ao extremo, o conformismo e a vontade latente de mudança, que há-de chegar. Que eu quero esperar.