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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010


«Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor» (Lc 2,10-11).

«Juntou-se uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado”.» (Lc 1, 13-14).


Um Santo e Feliz Natal para todos.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A Adoração dos Pastores, Tintoretto, 1581, 542 x 455 cm


Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que fosse recenseada toda a terra. Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirinio era governador da Síria. E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
Subiu também José, da Galileia, da cidade de Nazaré, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David, a fim de recensear-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz, e teve a seu filho primogénito; envolveu-o em panos e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Naquela mesma região pernoitavam pastores no campo, que guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho. O anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor. O anjo, porém, disse-lhes:
"Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo: É que nasceu hoje, na cidade de David, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal ara o identificardes: Achareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura".
Então, de repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo:
"Glória a Deus nas alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade".
Quando os anjos se afastaram deles em direcção ao céu, os pastores disseram uns aos outros:
"Vamos já até Belém, e vejamos isso que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer".
Foram, pois, a toda a pressa, e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura; e vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita; e todos os que a ouviram se admiravam do que os pastores lhes diziam.
Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração.
E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora dito.

Lucas 2, 1-20

Feliz natal, com amor, saúde e bons momentos de felicidade.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

João Cutileiro, Árvore.

Quinta-feira da Ascensão

Quarenta dias depois da Ressurreição, Jesus apareceu pela última vez aos seus discípulos em Jerusalém, e levou-os ao Monte das Oliveiras.
Depois de lhes ter renovado a promessa do Espírito Santo, ergueu as mãos ao céu e abençoou-os.
Nesse instante começou a elevar-se no ar até que a sua figura desapareceu aos olhos deles.
Como estes continuaram a olhar o céu, apareceram-lhes dois anjos a anunciar que Jesus voltaria do mesmo modo que o viram subir. Então, os discípulos deixaram o Monte das Oliveiras e regressaram a Jerusalém.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto». Depois Jesus levou os discípulos até junto de Betânia [numa vertente do Monte das Oliveiras] e, erguendo as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu. Eles prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus.
Lucas 24, 46-53

Estamos no penúltimo momento do mistério pascal, antes da dádiva do Espírito Santo ao se completarem os cinquenta dias até ao Pentecostes.

No final do caminho percorrido está a vida definitiva, a comunhão com Deus.
Jesus deixou-nos o testemunho de que somos nós, seus seguidores, que devemos dar continuidade ao projecto de Deus para todos os povos, através do nosso envolvimento pessoal e do nosso testemunho.
Deus não quer que sejamos comerciantes, industriais, proprietários ou pessoas de sucesso, mas pessoas que amam o próximo como a si mesmo...

Dia da espiga

Festa pagã de celebração da fertilidade.
Apanha-se o ramo no campo: espigas de trigo, ramos de oliveira, malmequeres e papoilas.
O ramo também pode levar outros cereais (trigo, centeio, aveia, etc.) e toda uma panóplia de flores e arbustos silvestres.

Cada elemento tem um simbolismo muito próprio:

A espiga: o pão (para haja alimento em abundância em cada lar).

O ramo de oliveira: a paz e a luz (divina) (para nos manter no caminho do bem e afastados da escuridão).

Flores: alegria (simbolizada pela cor - o malmequer simboliza ainda o ouro e prata, a papoila o amor e a vida, e o alecrim a saúde e a força).

O ramo era guardado até à quinta-feira da espiga do ano seguinte, pendurado algures dentro de casa.
Lembro-me ainda que era neste dia que o Padre visitava a casa de minha avó, do caminho e entrada da casa enfeitados com abrotegas, flores do trevo e alecrim. Este benzia a casa aspergindo Água Benta e nós beijávamos os pés de Jesus na cruz...
Eram tempos serenos e quentes, dias completos e cheios de vida.
Aqui por estes lados fazem-se grandes romarias ao campo e à mata para o tradicional almoço ao ar-livre e romagens à praia durante a tarde...
Até logo.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Numa das minhas pesquisas na net encontrei este artigo que, vindo de um católico, apostólico, romano do "aparelho", não deixa de ser surpreendente.

A homossexualidade não pode ser discutida apenas em termos políticos e jurídicos, sustentou o teólogo dominicano Mário Botas esta terça-feira, 20, à noite, no Palácio de Fronteira em Lisboa, numa pregação integrada no ciclo "Sermão e Sermões da Oratória Lisboeta", promovido pela Fundação das Casas de Fronteira e Alorna. "Os discursos mais aprovadores e justificadores", disse, criticando as posições do Bloco de Esquerda , "tendem a anular sistematicamente a diferença.

Não basta a tolerância. É preciso aceitar os homossexuais tal qual são. Com o drama de não serem como os outros". Porque, concluiu, "nunca ninguém conseguiu viver em paz com esta condição".

Vestido de negro mas sem qualquer sinal exterior indicando a ordem em que professa, Mário Botas, 32 anos, apresentou-se à assistência (não mais de duas dezenas de pessoas, maioritariamente do sexo feminino) disposto a não alimentar quaisquer equívocos. O seu sermão seria uma "meditação pessoal, em voz alta", marcada pelo drama de muitos amigos e de outros que o procuram e se sentem excluídos da Igreja. Mas queria que ficasse claro que a sua Igreja ("que é a Católica, Apostólica, Romana"), no essencial "não foi infiel à verdade". Na leitura que faz da Bíblia, a verdade doutrinária assenta no princípio de que a realização do amor se funda na diferença sexual e se realiza no casal. "Não vejo como poderia a Igreja dizer algo diferente, hoje ou amanhã".

O sermão deste frade alentejano que se converteu aos 17 anos e se prepara para ensinar Teologia na Universidade Católica em Lisboa, situar-se-á algures entre o extremo repressivo dos tempos em que "qualquer coisa que dava prazer ou era pecado ou fazia mal à saúde" e a dominante hodierna em que "faz tudo parte da paisagem".

Verbo a soltar-se amiúde do texto base do sermão, cigarro atrás de cigarro quando o debate começou, o teólogo dominicano sublinha o "sentimento de injustiça" que invade aquele que um dia se descobre "a viver com um certo destino". A família, a escola, o emprego encarregar-se-ão de lhe tornar presente esta "anormalidade". Ninguém, contudo, pode ser condenado "pelo facto de ser aquilo que é".

"O Deus vivo que criou toda a gente, só criou o mundo para alguns?", pergunta-se Mário Botas. Sendo cada corpo humano um templo habitado por Deus, "são em vão, esses corpos [diferentes]?".

O dominicano repete uma das ideias chave do seu sermão: "Como cristão, não me sinto capaz de culpabilizar pessoas por aquilo que elas vivem". E recorda, a propósito, que quando em França - país onde ensinou durante cinco anos Teologia Moral Fundamental - ainda os homossexuais eram internados em hospitais psiquiátricos, já a Igreja dizia que "a homossexualidade não é doença, mas condição".

Ao contrário da regra clássica, o pregador deste "sermão do presente" não polvilha as frases de citações latinas. Prefere-lhes a indicação de bibliografia que vai da própria Bíblia a autores "malditos" como Céline, e apresenta vários exemplos de escritores cuja homossexualidade coexistiu com intervenções públicas de feroz homofobia.

Antes do final do sermão - terminado com o "Amen" da tradição e as palmas de uma assistência que ainda ficará longos minutos a fazer-lhe perguntas e a pedir-lhe esclarecimentos - repete a pergunta: "Se o Deus vivo não dá ao amor uma residência vigiada, quem de nós poderá dizer que o amor de Deus não vai eclodir diante do amor de um homem por um homem ou de uma mulher por uma mulher?".

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Felizmente, há na Igreja quem entenda a palavra de Deus.

Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados (Lucas 6,37)

Um cego pode guiar outro cego? Não cairão os dois nalguma cova? (Lucas 6,39)