domingo, 23 de março de 2008

O Lado Selvagem

A felicidade não se encontra nas outras pessoas. A felicidade está (ou tem de estar), naturalmente, dentro de nós próprios, embora ela só se torne completa, absoluta, perfeita, se compartilhada… concordo, em absoluto.

Poderia dizer mais sobre o instinto mais básico de cada um de nós, sobre o lado mais selvagem, sobre a necessidade de, por vezes, fugir da vida artificial, material e frenética da cidade e do mundo em que vivemos, sobre o colocarmo-nos à prova, mas não vou. Fico-me por aqui.

7 comentários:

serotonina disse...

Foi um dos filmes que mais me marcou, nos últimos tempos. Incrível como não foi indicado para nenhum prémio de cinema, pois não vale só pela história.
Chorei que nem uma perdida não pelo fim mas pelo desenrolar dos acontecimentos que culminam na conclusão sobre a felicidade partilhada.
Este foi um dos filmes que me levou a comprar o livro e que me vai levar a ler a obra de Jack London.
E a banda sonora? incrível, não é? Eddie Vedder foi contactado por Sean Pean e fez aquelas fantásticas músicas, tudo originais que depois acabaram por fazer parte do primeiro álbum a solo de Vedder.
Ok, já chega. Este filme inspira-me e desata-me a "língua".
Boa escolha.

GRAFIS disse...

é verdade, a conclusão que esteve quase sempre onde quer que este passasse, mas que não soube ver... parece que só apreciamos as coisas quando as perdemos, e que há certas coisas que por vezes nos ofuscam o mais importante.
é um filme que provoca tb alguma frustração, pelo menos a mim, por não ser capaz de fazer pelo menos uma parte do que ele fez... um exame de consciência sobre o que nos mantêm presos ao artificial, sobre a força que os dois mundos têm...
Bjs
Boa Páscoa.

Anônimo disse...

bom dia e boa páscoa para as meninas;)
Ainda não vi o filme, mas estou cada vez mais curiosa...as opiniões têm sido boas e estes vossos comentários, hummm pedem ainda mais que o veja...
"(...)dentro de nós próprios, embora ela só se torne completa, absoluta, perfeita, se compartilhada…" sinto tantas vezes isto, quando tantas razões tenho para estar feliz e um vazio habita em mim...pela falta de partilha ;)
Beijinhos

serotonina disse...

uma frustração que também senti, vivemos tão ligados a este mundo onde se "vive" tão pouco, onde o tempo é passado a correr ou à espera que passe sem sabermos apreciar os bons momentos. Nisso Proust tinha razão quando no livro "Em busca do tempo perdido" diz, a propósito do sabor de uns bolos, madalenas, que "as coisas valem mais quando recordadas do que quando vividas". O que nunca deveria acontecer. A capacidade de nos desprendermos/desligarmos do instituído faz de nós o quê? E será que se o fizermos por momentos não é, também, importante e reconfortante? O facto de nos apercebermos que estamos demasiado ligados a tudo o que é material e sabermos guardar as devidas distâncias, não nos deixando envolver demasiado no que é socialmente correcto pode fazer de nós pessoas mais felizes.
perturba-me bastante saber que algumas contrariedades passem a obsessões e não me deixem saborear as coisas boas.
Boa Páscoa. gosto de te ler.
beijos

serotonina disse...

Se me permites, gostava de fazer uma sugestão, também um filme. Lembrei-me por causa da foto que colocaste para este Into the wilde mas também porque foi um filme que me fez pensar um pouco. "A love song for Bobby Long", espero que não entendas esta sugestão como pretensão da minha parte. Mas adoro falar de filmes que gosto e já há tão poucas pessoas que vêem o que eu considero bom cinema que quando apanho alguém com bom gosto não paro.
beijos

GRAFIS disse...

Lover,
Então vá lá, e verás que vale a pena.

Serotonina
São os objectivos, que se querem sempre imediatos, e à medida que se atingem, aumentam, consecutivamente, como se tivéssemos de ser medidos e eles servissem de medida.
Quanto ao material, um dia quando souber em que pé pára a minha vida, falarei sobre o material. Hoje, tem uma importância relativa, mas é essencial à sobrevivência, e é essa dependência que me frustra.

Obrigada pela sugestão. Sugere sempre que te apetecer. Gosto que me dêem a conhecer coisas novas, de alargar horizontes.
Não vi, mas vou ver se vejo entretanto. Depois darei uma opinião sobre o filme e falaremos então.
Bjs

Anônimo disse...

quando vir o filme volto aqui;)
...no seguimento de uma conversa de há uns dias..e depois deste post e dos vossos comentários e partilhas, digo com um imenso prazer que ler este blog dá imenso gosto;)