sábado, 5 de abril de 2008

Bert Holvast,sem título, Óleo sobre tela.

Arrancaram-me o coração de entre as costelas, à mão cheia.
Cirurgicamente arranquei as entranhas, à medida que a tristeza se ia instalando, a desilusão...
a mágoa...
por fim a descoberta de algo que não sabia existir (porque ainda me surpreendo).
Por fim a dor que ecoa e ressoa dentro do peito sangrento e vazio,

rebentado

escuro

negro.


Não tenho nem palavras…
Acho que não merecia este golpe, mas ainda assim, se o merecesse, acabou.
Acho que assim saldei a dívida que poderia ter, seja lá o que for.

Se me querias magoar, magoas-te. Vences-te.

Fica com os louros e a glória. Isso deve trazer uma enorme felicidade.