domingo, 25 de maio de 2008


Ontem, enquanto almoçava, ouvia na televisão uma notícia que dava conta da realização de um congresso anual de igrejas do reino de Deus, que entre outras coisas, são cristãos e evangélicos. Não são muito diferentes de outras igrejas, excepto em pequenos pormenores técnicos.
No decurso de uma entrevista que faziam a um pastor, este falava, entre outras coisas, sobre as questões do casamento e da homossexualidade, e lá ia dizendo que este tipo de orientação era contra o plano de Deus, porque o plano de Deus, o maior desígnio de Deus, assenta na família, alicerçada noutro tipo de relação (e aqui eu já estou a acrescentar, pois eles nem consideram que possa haver uma família numa relação homossexual), pois o fim último das relações/famílias (entendi eu) era a procriação… eu até percebo que a questão da continuação da espécie seja importante, mas deixemos de ser hipócritas.
Ora, eu enquanto cristã, filha de Deus, sempre senti que o grande plano de Deus, o maior e o mais importante, é o amor ao próximo, que os homens vivam em comunhão com eles próprios, fazendo a paz, vivendo em amor, e amor sente-se independentemente de ser por um homem ou por uma mulher, por um americano ou por um iraquiano, por um negro ou por um branco, por um heterossexual ou por um transexual. O desejo é um fruto e uma das múltiplas expressões do amor, seja ele por quem for, desde que seja consentido e compartilhado por duas pessoas.
Quanto às relações homossexuais, elas estão tão no plano de Deus quanto as heterossexuais, pois em nada são atentatórias a este. Eu não sinto que Deus me veja como uma pessoa diferente, pois Ele vê-me como uma pessoa que ama e respeita e contribui para a felicidade dos outros, e eu sei disso. E que em vez de ter os meus filhos, poderei amar os filhos de outros, igual ou mais que qualquer pai biológico, e cria-los igual ou melhor, faze-los bons homens e mulheres, dentro do plano de Deus, como o meu Pai me viu e ajudou a crescer, como o meu Pai ama a mim.
O que eu lamento é que hoje em dia certos homens, aqueles que assumiram perante os outros o papel de discípulos de Deus, ainda não tenham aprendido a olhar para a Sua palavra, escrita, e separar o que é espelho de uma cultura de há 2000 mil anos atrás e os verdadeiros fundamentos, os verdadeiros princípios do plano de Deus.

5 comentários:

Gisela FFale disse...

em absoluta concordância!

"(...)grande plano de Deus, o maior e o mais importante, é o amor ao próximo, que os homens vivam em comunhão com eles próprios, fazendo a paz, vivendo em amor, e amor sente-se independentemente de ser por um homem ou por uma mulher, por um americano ou por um iraquiano, por um negro ou por um branco, por um heterossexual ou por um transexual. O desejo é um fruto e uma das múltiplas expressões do amor, seja ele por quem for, desde que seja consentido e compartilhado por duas pessoas. (...)

GRAFIS disse...

mas há sempre quem encontre argumentos para contrariar esta certeza, que de tão simples, até dá vontade de bater com a cabeça na parede

serotonina disse...

No sábado bem os vi, perto do Pavilhão Atlântico, com as suas bíblias debaixo do braço...

GRAFIS disse...

sabes como é: não basta ser-se...

rv disse...

a igreja o eterno problema do direito á individualidade do ser/promoção á falta de respeito e amor ao próximo!

e o melhor é calar-me!